Transporte de mercadorias

  • A repartição modal do transporte de mercadorias em Portugal é dominada pelo transporte rodoviário, que, em 2023, representou 85,9%, mais 7,8 pontos percentuais (p.p.) do que o registado na UE-27.
  • Em 2023, o modo ferroviário assegurou 16,9% do transporte de mercadorias na UE-27, enquanto em Portugal se situou nos 14,1%, o que representa apenas uma diminuição de 0,1 p.p. relativamente a 2020.
  • Em Portugal o transporte de mercadorias por modo rodoviário continuou a ser o predominante, atingindo os 130,7 milhões de toneladas em 2023 (menos 8,8% face ao ano anterior); o transporte marítimo alcançou 75,6 milhões de toneladas (menos 2,9% face a 2022); o transporte ferroviário movimentou 8,6 milhões de toneladas (mais 2,2% relativamente a 2022) e o transporte aéreo manteve-se como o menos significativo, registando 441 mil toneladas nos aeroportos nacionais (mais 42,7% face ao ano anterior).
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A ficha temática “Transporte de mercadorias” analisa a repartição modal deste tipo de transporte, tanto em Portugal como na União Europeia (UE), e quantifica os volumes de mercadorias por tipo de transporte, bem como os volumes movimentados resultantes do comércio internacional.

A UE fixou como objetivo dissociar a mobilidade dos seus efeitos negativos sobre a saúde humana e o ambiente. O setor dos transportes é uma das principais fontes de emissão de gases com efeito de estufa (GEE) e de elevados níveis de poluição atmosférica, bem como de ruído, que podem afetar gravemente a saúde humana e os ecossistemas.

Quando se considera o impacte ambiental do transporte de mercadorias, a repartição modal ganha especial importância devido às diferenças de eficiência e desempenho ambiental entre os diversos modos de transporte – nomeadamente ao nível do consumo de recursos, das emissões de GEE, de poluentes atmosféricos e do ruído.

Embora a repartição modal esteja associada a diversos fatores, como o tipo de mercadoria, os requisitos específicos de transporte e o tipo de transporte disponível, alguns transportes causam impactes negativos maiores sobre o ambiente do que outros. Por exemplo, comparando o transporte rodoviário com o ferroviário, este último é mais eficiente em termos de volume de carga transportada por quantidade de energia utilizada e maioritariamente menos poluente.

De acordo com a informação da Rede Ferroviária Nacional, a extensão da rede ferroviária eletrificada corresponde atualmente a 70,9% do total da rede em exploração, mantendo-se inalterada face a 2022.

 

Contribuição para os ODS 

Objetivos: 
  • O Livro Branco dos Transportes, adotado pela Comissão Europeia em 2011, propõe transferir, até 2030, para outros modos de transporte, como o ferroviário ou o marítimo/fluvial, 30% do tráfego rodoviário de mercadorias em distâncias superiores a 300 km, e mais de 50% até 2050, com recurso a corredores eficientes e ecológicos;
  • O Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030), elaborado na sequência do Regulamento (UE) 2018/1999, define, entre outros, os objetivos de promover a produção e consumo de combustíveis renováveis alternativos, em particular para os setores de transporte rodoviário pesado de mercadorias de longa distância, pesados de passageiros, setor marítimo de mercadorias e aviação, e de promover o transporte de mercadorias por via ferroviária e marítima;
  • A Lei de Bases do Clima,  Lei n.º 98/2021, de 31 de dezembro, reconhecendo a situação de emergência climática, define que o Estado incentiva a descarbonização do transporte de mercadorias nas suas diversas modalidades, designadamente rodoviária, ferroviária, marítima e aérea.

 

Instrumentos de política relevantes

 

Análise da evolução:
Última atualização: 
Quinta, 4 Setembro, 2025