Em 2021 o balanço bruto do azoto resultou num excedente de 142,6 mil toneladas, o que equivale a 36 kg de N por hectare de superfície agrícola utilizada. Apresenta um decréscimo de 13% face ao ano anterior (em 2020: 163,8 mil ton N e 41 kg N/ha SAU), com mais 4,1% de remoção pelas culturas (7,3 mil toneladas) e menos 4,0% de incorporação no solo (13,8 mil toneladas).
No total do período (1997-2022), o potencial do risco de perdas do azoto à superfície do solo decresceu em 27% (balanço bruto), verificando-se que o total das perdas diminuem 20% (balanço líquido). A transferência do risco para o ar (emissões de amoníaco e de óxidos de azoto provenientes da atividade agrícola) apresenta tendência estável (variações de 14-16% da quantidade incorporada).
Nos últimos 10 anos (2011-2021), a tendência do balanço bruto do azoto apresenta ligeiras variações com decréscimo no total da série (-2%), o qual ganha maior significado no equivalente por hectare de SAU (-10%). As variações parecem refletir o impacto na atividade económica da crise financeira (2013) e subsequente recuperação (2014 e 2016).
Esta tendência decrescente consolida-se nos últimos 3 anos (-17% para os dois indicadores), incluindo quanto à capacidade de remoção de N do solo pelas culturas (em 2021, de 57% da quantidade incorporada), o que aponta para o efeito do incremento da adoção de boas práticas com impacto na aplicação de N, apoiadas pelo PDR2020, podendo a queda em 2021 estar também relacionada com o aumento dos preços dos fertilizantes.