Incêndios rurais

  • Em 2022, ocorreram um total de 10 390 incêndios rurais que resultaram em 110 097 hectares de área ardida, entre povoamentos florestais (55 309 hectares), matos e pastagens naturais (43 761 hectares) e áreas agrícolas (11 027 hectares).
  • Esse ano registou o 4.º valor mais reduzido em número de incêndios e o 5.º valor mais elevado em área ardida, desde 2012.
  • Em 2022 foram investigados, e com o processo de averiguação de causas concluído, 10 052 incêndios rurais (97% do número total de incêndios, responsáveis por quase 100% da área total ardida). Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 6 287 incêndios (63% dos incêndios investigados, responsáveis por 91% da área total ardida), sendo as causas mais frequentes o Incendiarismo – Imputáveis (28%) e as Queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (19%). Estas últimas, em conjunto com as várias tipologias de queimas e queimadas, representam 42% do total das causas apuradas.
  • Na Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP) arderam, em 2022, 27 863 hectares de espaços rurais, resultando numa taxa de afetação de 4%. Destaca-se o Parque Natural da Serra da Estrela pela maior extensão de área ardida (21 942 hectares, o que representa 79% da área total ardida da RNAP).
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A ficha temática “Incêndios rurais” contabiliza o número de incêndios em Portugal continental e a área ardida total, bem como a área ardida em áreas protegidas, e identifica as suas principais causas.

Os incêndios rurais constituem um dos principais obstáculos à sustentabilidade da floresta e dos ecossistemas que lhe estão associados, provocando a sua degradação, bem como o desequilíbrio no prover de bens e serviços, quer de natureza económica e social, quer de natureza ambiental.

 

Contribuição para os ODS

 

Objetivos: 

Os objetivos e metas atualmente estabelecidos constam no Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR), vigente de 2020 a 2030, o qual preconiza um valor acumulado de área ardida de 660 000 hectares nesse período, que os incêndios com mais de 500 hectares se fixem abaixo de 0,3% do número total de ocorrências e que os reacendimentos representem no máximo 1% no total das causas apuradas.

Análise da evolução:

A área total ardida anualmente apresenta uma grande variabilidade interanual, muito relacionada com a severidade meteorológica verificada, tendo sido observados valores máximos nos anos de 2017, 2003 e 2005.

Última atualização: 
Terça, 9 Julho, 2024