Intensidade energética da economia

  • Em 2023, Portugal apresentou uma intensidade energética da economia em energia primária de 76,5 tep/M€(preços correntes), acima da média da UE-27 que foi de 73.4 tep/M€(preços correntes).
  • No mesmo ano, Portugal apresentou um aumento de 0,4% no consumo interno bruto de energia, face ao ano anterior, enquanto na UE-27 se verificou uma diminuição de 1,0% face a 2022.
Descrição: 

A ficha temática “Intensidade energética da economia” analisa a evolução do consumo de energia face ao crescimento económico, em Portugal e na União Europeia (UE).

Historicamente, o crescimento económico implica um aumento do consumo de energia, elevando as pressões sobre o ambiente.

Este indicador permite reconhecer a desejada dissociação (decoupling) entre o consumo de energia e o crescimento económico. A dissociação relativa verifica-se quando o aumento do consumo de energia é mais lento do que o crescimento económico. Se o consumo de energia estabilizar ou diminuir, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) continua a crescer, temos a dissociação absoluta entre estas duas variáveis, associada à natural redução dos impactes negativos sobre o ambiente, e numa base de um uso mais eficiente deste recurso.

O PNEC 2030 atualizado prevê novas metas nacionais de inclusão de energia a partir de fontes renováveis e, ainda, novas ações, medidas e políticas a adotar para a sua execução. O mesmo se verifica no que se refere a metas associadas ao consumo de energia primária e de energia final, igualmente com a definição de novas ações, medidas e políticas.

 

Conceitos

«Intensidade energética de uma economia», consiste na razão entre o consumo de energia primária e o seu Produto Interno Bruto (PIB). [Fonte: DGEG]

 

 

Contribuição para os ODS

Objetivos: 
  • Em 2020, na sequência da apresentação da avaliação efetuada pela Comissão Europeia aos planos nacionais de energia e clima dos Estados-membros (desenvolvidos em conformidade com o Regulamento (UE) 2018/1999), e da Comunicação da Comissão “Reforçar a ambição climática da Europa para 2030 – Investir num futuro climaticamente neutro para benefício das pessoas”, a meta para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE), em toda a economia, foi alterada para 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990.
  • Aprovado e publicado em julho de 2020, o Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030) é o principal instrumento de política energética e climática nacional com objetivos, metas e medidas para o horizonte 2030. Com a atualização do quadro estratégico e legislativo europeu, o PNEC 2030 foi atualizado e aprovado pela Resolução da Assembleia da República n.º 127/2025, alterando as metas nacionais para 2030, designadamente a da incorporação de renováveis no consumo final bruto de energia para 51%, o valor do consumo de energia final não superior a 14 371 ktep e o valor de consumo de energia primária não superior a 16 711 ktep em 2030.
  • Em julho de 2021, a Comissão Europeia apresentou um conjunto de propostas legislativas, o Pacote “Fit-for-55”, destinadas a rever e atualizar a legislação da União Europeia (UE) e a desenvolver ações para assegurar a harmonização das políticas da UE com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu. Este Pacote levou também à revisão de um conjunto de compromissos, como sejam as metas de incorporação de energias renováveis e eficiência energética da União.
  • Em dezembro de 2021, a publicação da Lei n.º 98/2021, que define as bases da política nacional do clima, identifica para a transição energética nacional, entre outras medidas, o reforço significativo da eficiência energética em todos os setores da economia, apostando na incorporação de fontes de energia renováveis endógenas nos consumos finais de energia e na eletrificação do consumo de energia, eliminando até 2040 o papel do gás de origem fóssil do sistema energético nacional.
  • Em novembro de 2024, na 24.ª Conferência do Clima da ONU (COP29) foram renovados os objetivos de 1,5ºC do Acordo de Paris e da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações climáticas.

 

Instrumentos de política relevantes

Análise da evolução:

De acordo com os dados provisórios disponibilizados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), constata-se que a intensidade energética da economia em energia primária se situou em 95 tep/M€'2016, em 2023, (menos 5,9% face a 2022) e a intensidade energética da economia em energia final foi de 78 tep/M€2016 (manteve o valor de 2022). Já a intensidade energética da economia em eletricidade situou-se em 233 MWh/M€2016 (menos 0,4% face a 2022).

 

Última atualização: 
Segunda, 1 Setembro, 2025