A taxa de recolha de resíduos de baterias portáteis foi de 33% em 2019, tendo decrescido para 19% em 2020. Em 2021 verificou-se um ligeiro aumento para 20%.
A diferença significativa dos valores apresentados entre os anos de 2019 e 2020 é explicada pelo processo de phasing out (2020) e subsequente encerramento de atividade (2021) da Ecopilhas, uma das cinco entidades gestoras (EG) que atuava no mercado de gestão de resíduos nacional à época a que reporta esta ficha temática.
Ainda que o encerramento de atividade daquela EG tenha ocorrido, de forma oficial, apenas em 2021, no ano de 2020 os valores de recolha reportados pela EG à Agência Portuguesa do Ambiente são já mínimos e apenas consideram, no que diz respeito à colocação do mercado, dados declarados pelos produtores no primeiro trimestre daquele ano. Estes valores, conjugados com os valores de recolha e encaminhamento para valorização, dão origem às aparentes discrepâncias nos valores apresentados na tabela supra.
A partir do ano de 2020 deu-se a natural migração dos produtores aderentes (que colocam as pilhas e acumuladores no mercado) da Ecopilhas para as outras EG do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Pilhas e Acumuladores (SIGRPA), o que conduz a um reequilíbrio gradual do mercado de resíduos para o fluxo de pilhas e acumuladores.
Ainda assim, em 2021, as EG para o fluxo específico de resíduos de pilhas e acumuladores e restantes operadores não conseguiram ainda, apesar dos esforços desenvolvidos, atingir os valores anteriores à queda provocada pela saída da Ecopilhas, verificando-se que há ainda muito a fazer para alcançar a meta de recolha de 45% exigida na legislação de referência para este fluxo.
Quanto à reciclagem de baterias, a legislação nacional estabelece que os operadores de reciclagem devem observar um rendimento mínimo de reciclagem de 65%, em massa, dos resíduos de pilhas e acumuladores de chumbo-ácido, incluindo a reciclagem do mais elevado teor possível de chumbo que seja tecnicamente viável, evitando simultaneamente custos excessivos.
Em Portugal, existia, no período a que reporta a presente ficha temática, apenas um operador de reciclagem de resíduos de baterias de chumbo-ácido.
Em 2021, este operador foi responsável pela totalidade dos resíduos de baterias de chumbo-ácido reciclados em território nacional, tendo alcançado um rendimento de 74%. A nível global (inclui os dados enviados pelos recicladores estrangeiros e os dados reportados pelo reciclador nacional), estima-se uma eficiência de reciclagem alcançada de 73%.
Resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos