Transporte de mercadorias

  • A repartição modal do transporte de mercadorias em Portugal é dominada pelo transporte rodoviário, que, em 2021, representou 89,3%, mais 11,9 pontos percentuais (p.p.) do que o registado na UE-27.
  • Em 2021, o modo ferroviário assegurou 17,0% do transporte de mercadorias na UE-27, enquanto em Portugal se situou nos 10,7%, registando-se uma diminuição de 3,5 p.p. relativamente a 2020.
  • Em Portugal o transporte de mercadorias por modo rodoviário continuou a ser o predominante, atingindo os 143,4 milhões de toneladas em 2022 (menos 2,3% face ao ano anterior); o transporte marítimo alcançou 77,9 milhões de toneladas (mais 0,8% face a 2021); o transporte ferroviário movimentou 9,3 milhões de toneladas (menos 3,5% relativamente a 2021) e o transporte aéreo manteve-se como o menos significativo, registando 309 mil toneladas nos aeroportos nacionais (mais 22,1% face ao ano anterior).
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A ficha temática “Transporte de mercadorias” analisa a repartição modal deste tipo de transporte tanto em Portugal como na União Europeia (UE) e quantifica os volumes de mercadorias por tipo de transporte, bem como os volumes movimentados resultantes do comércio internacional.

A UE fixou como objetivo dissociar a mobilidade dos seus efeitos negativos sobre a saúde humana e o ambiente. O setor dos transportes é uma das principais fontes de emissão de gases com efeito de estufa (GEE) e de elevados níveis de poluição atmosférica, bem como de ruído, que podem afetar gravemente a saúde humana e os ecossistemas.

Quando se considera o impacte ambiental do transporte de mercadorias, a repartição modal ganha especial importância devido às diferenças de eficiência e desempenho ambiental entre os diversos modos de transporte – nomeadamente ao nível do consumo de recursos, das emissões de GEE, de poluentes atmosféricos e do ruído.

Embora a repartição modal esteja associada a diversos fatores, como o tipo de mercadoria, os requisitos específicos de transporte e o tipo de transporte disponível, alguns transportes causam impactes negativos maiores sobre o ambiente do que outros. Por exemplo, comparando o transporte rodoviário com o ferroviário, este último é mais eficiente em termos de volume de carga transportada por quantidade de energia utilizada e maioritariamente menos poluente.

De acordo com a informação da Rede Ferroviária Nacional, a extensão da rede ferroviária eletrificada corresponde atualmente a 70,9% do total da rede em exploração, mantendo-se inalterada face a 2021.

Contribuição para os ODS 

Objetivos: 
  • O Livro Branco dos Transportes, adotado pela Comissão Europeia em 2011, propõe transferir, até 2030, para outros modos de transporte, como o ferroviário ou o marítimo/fluvial, 30% do tráfego rodoviário de mercadorias em distâncias superiores a 300 km, e mais de 50% até 2050, com recurso a corredores eficientes e ecológicos;
  • O Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC 2030), elaborado na sequência do Regulamento (UE) 2018/1999, define, entre outros, os objetivos de promover a produção e consumo de combustíveis renováveis alternativos, em particular para os setores de transporte rodoviário pesado de mercadorias de longa distância, pesados de passageiros, setor marítimo de mercadorias e aviação, e de promover o transporte de mercadorias por via ferroviária e marítima;
  • A Lei n.º 98/2021, de 31 de dezembro, Lei de Bases do Clima, reconhecendo a situação de emergência climática, define que o Estado incentiva a descarbonização do transporte de mercadorias nas suas diversas modalidades, designadamente rodoviária, ferroviária, marítima e aérea.
Análise da evolução:

Última atualização: 
Quinta, 27 Junho, 2024