No início de 2012, tendo em conta que a biomassa se situava abaixo dos limites biológicos de segurança, a certificação da sardinha como pescaria sustentável, atribuída pelo organismo internacional responsável pelo rótulo, o Marine Stewardship Council, foi suspensa. Foram então adotadas várias medidas consubstanciadas num Plano de Gestão para a Pesca da Sardinha (2012-2015) que visaram principalmente a redução do esforço de pesca e, consequentemente, a mortalidade por pesca. Estas medidas permitiram recuperar temporariamente a certificação da sardinha como pescaria sustentável, mas a continuação das adversidades sobre a população viria a determinar a sua perda “definitiva”, não obstante as medidas entretanto implementadas.
Com a evolução das medidas implementadas, e a melhoria do estado geral do recurso, foi de novo intentada a certificação, desta vez através do compromisso dos atores da pesca de ambos os países ibéricos. Este compromisso conjunto foi finalmente bem-sucedido a 4 de julho de 2025, ano em que foi de novo certificada a pescaria de sardinha, desta vez como “Iberian sardine purse seine fishery”.
Certificação da sardinha ibérica capturada com redes de cerco – unidades certificadas e respetiva informação
MSC |
Species |
Gear Type |
Ocean Area |
Certificate Code |
UoC-3177 |
European pilchard(=Sardine) (Sardina pilchardus) |
Surrounding Nets - With purse lines (purse seines) |
27 (Atlantic, Northeast) |
|
UoC-3178 |
European pilchard(=Sardine) (Sardina pilchardus) |
Surrounding Nets - With purse lines (purse seines) |
27 (Atlantic, Northeast) |
Os Planos de Gestão e/ou Recuperação, adotados por regulamentos comunitários, têm o objetivo de gestão de longo prazo, e visam a recuperação e manutenção dos níveis biológicos de segurança. Incluem tipicamente uma vasta gama de instrumentos de gestão. Ao longo dos anos têm sido adotados planos para várias unidades populacionais, dos quais se destacam o Plano de Recuperação da Pescada Branca do Sul e do Lagostim (2005), o Plano de Recuperação do Atum Rabilho (2009) e o Plano de Recuperação da Palmeta (2005, Atlântico Noroeste), os quais têm sido bem-sucedidos na melhoria dos níveis de abundância dos stocks pesqueiros.