Índice de Qualidade do Ar

O “Índice de Qualidade do Ar” é um indicador que traduz o estado da qualidade do ar ambiente no território nacional. Através de uma classificação expressa segundo uma escala de cores, atribuída de acordo com os seus resultados, permite orientar o cidadão de forma a adequar os seus comportamentos e ações no sentido da proteção da saúde humana, especialmente dos grupos mais sensíveis da população. 

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Descrição: 
O índice de qualidade do ar (IQAr) constitui uma classificação baseada nas concentrações de poluentes registadas nas estações de monitorização e representa a pior classificação obtida, traduzida numa escala de cores divididas em cinco classes, de "Muito bom" a "Mau", que permite orientar o cidadão, de forma a adequar os seus comportamentos e ações no sentido da proteção da saúde humana, especialmente dos grupos mais sensíveis da população.
 
O índice é calculado e disponibilizado diariamente através do sistema de informação QualAr gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), com base na informação disponibilizada pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) no continente e pelas Direções Regionais do Ambiente (DRA) nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
 
O cálculo do índice é efetuado tendo em consideração a existência de medições de poluentes obrigatórios, que diferem consoante se trate de uma zona ou aglomeração: consideram-se as médias aritméticas dos valores medidos dos poluentes ozono (O3) e partículas de diâmetro igual ou inferior a 10 µm (PM10) ou igual ou inferior a 2,5 µm (PM2,5), no caso da zona; e dos poluentes dióxido de azoto (NO2) e partículas PM10 ou PM2,5, no caso da aglomeração. Se existir informação disponível relativa ao dióxido de enxofre (SO2), também poderá ser considerada no cálculo. O índice global para cada zona/aglomeração resulta do pior resultado obtido em relação aos poluentes monitorizados nas estações existentes em cada área, sendo os poluentes com a concentração mais elevada os responsáveis pela cor do índice e pela classificação atribuída à qualidade do ar diária em cada zona/aglomeração.
 
Os intervalos de classificação do índice, tendo em conta as classes de concentração para cada poluente, têm sofrido ao longo do tempo algumas alterações, estando harmonizados com os valores que constam da legislação vigente sobre qualidade do ar. No início de 2019, a metodologia de cálculo do índice foi revista, considerando-se valores mais restritivos em alguns intervalos das respetivas classes de concentração de cada poluente, com o objetivo de alinhar o referencial nacional com os valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e de acordo com conhecimentos atualizados sobre os efeitos dos poluentes na saúde humana.
 
Esta ficha temática diz respeito a Portugal continental, Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e é atualizada anualmente.

 

Objetivos: 
  • Garantir o cumprimento dos objetivos estabelecidos, tanto a nível comunitário como nacional, em termos de qualidade do ar ambiente, os quais visam evitar, prevenir ou limitar efeitos nocivos dos diferentes poluentes atmosféricos na saúde humana e no ambiente; 
  • Avaliar a qualidade do ar ambiente em todo o território nacional;
  • Aumentar o número de dias do ano em que o índice de qualidade do ar é classificado como "Muito bom" ou "Bom" e, por sua vez, diminuir o número de dias do ano em que é classificado como "Médio", "Fraco" ou "Mau";
  • Promover e melhorar o acesso do público à informação sobre o estado da qualidade do ar e suas consequências na saúde humana.

 

 
Análise da evolução:

A pandemia por COVID-19 e as medidas decorrentes dos vários estados de emergência que vigoraram em 2021, com implicações no normal funcionamento da economia, tiveram um impacte na qualidade do ar menos expressivo face ao ano atípico de 2020. No que se refere ao IQAr, e tendo em conta o seu método de cálculo e o facto dos principais poluentes responsáveis pela cor do IQAr serem o ozono (poluente secundário) e as partículas, as diferenças observadas são pouco significativas. O principal impacte da pandemia observou-se na redução dos níveis de NO2, poluente que não é habitualmente responsável pela classificação do IQAr.

 

Última atualização: 
Terça, 16 Maio, 2023