Verifica-se a manutenção da ocorrência de excedências ao valor limite (VL) anual nos grandes aglomerados urbanos, tendo ocorrido um acréscimo dos níveis medidos na aglomeração da AML Norte (de 57 µg/m3 em 2016 para 60 µg/m3 em 2017). As aglomerações da região Norte mantiveram a situação de ultrapassagem ao VL, no entanto com um decréscimo acentuado da concentração média anual na aglomeração Porto Litoral (de 75 µg/m3 em 2016 para 54 µg/m3 em 2017), situação que pode estar relacionada com a diminuição na eficiência de medição da estação que tem determinado a excedência nesta zona. A aglomeração Entre Douro e Minho manteve o nível de excedência ao VL (55 µg/m3).
O facto de existir uma atitude de manutenção do uso intensivo do automóvel nas deslocações pendulares quotidianas, e estando a origem deste poluente fortemente associada às emissões de tráfego, potenciada pelo reconhecido desvio às normas EURO mais exigentes aplicadas aos veículos, em condições reais de condução, está a influenciar os níveis medidos nos grandes aglomerados urbanos.
É ainda possível verificar que, nas restantes zonas e aglomerações, se mantiveram as ordens de grandeza dos níveis medidos, salientando-se contudo, na zona Oeste, Vale do Tejo e Península de Setúbal um acréscimo significativo dos níveis medidos de NO2 em relação a 2016 (de 6 µg/m3 para 19 µg/m3).
No que se refere ao VL horário de 200 µg/m3, a não exceder mais de 18 vezes no ano, verifica-se a ultrapassagem significativa deste VL na AML Norte, estação da Avenida da Liberdade com 74 excedências, situação que não ocorria desde 2012.