Episódios de poluição por ozono troposférico

A ficha temática “episódios de poluição por ozono troposférico” contém a informação relativa às situações de excedência dos limiares de informação do ozono, cuja ocorrência desencadeia um sistema de alerta para divulgação à população e às entidades competentes.

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O sistema de alerta para divulgação de “episódios de poluição por ozono troposférico” permite a adoção, por parte de qualquer cidadão em geral, e dos grupos sensíveis em particular, uma atitude preventiva, através de comportamentos que garantam a redução do tempo de exposição ao poluente.
 
O ozono troposférico é um poluente "secundário", formado quando gases como os óxidos de azoto e compostos orgânicos voláteis, seus precursores, reagem com o oxigénio na presença de luz solar.
 
Particularmente, podem atingir-se níveis elevados de ozono em zonas onde ocorrem emissões destes poluentes, decorrentes de atividades antropogénicas, tais como o transporte rodoviário, processos industriais e aquecimento doméstico, combinadas com condições meteorológicas específicas de estabilidade atmosférica, elevada radiação solar e altas temperaturas durante o verão. 
 
Os efeitos do ozono (O3) na saúde humana traduzem-se, ao nível do sistema respiratório, na inflamação das vias respiratórias, sendo que a exposição a concentrações elevadas e prolongadas no tempo pode conduzir a situações de maior gravidade.
 
O indicador usado para avaliar a exposição de curta duração a este poluente refere-se aos valores médios horários, expresso pelo número de dias em que se verificam excedências ao limiar de informação ao público de 180 μg/m3, ou ao limiar de alerta de 240 μg/m3.
 
O indicador de exposição de longa duração do O3 é avaliado através do objetivo de longo prazo de 120 μg/m3, relativo à concentração máxima das médias de oito horas do dia. 
 
Consideram-se, para o cálculo da média ponderada, os valores obtidos em todas as estações de monitorização da qualidade do ar, rurais e urbanas/suburbanas de fundo, com eficiências de medição superior a 75%. No caso da estratégia de avaliação definida para a zona ser a medição indicativa, são consideradas as estações com eficiência de medição superior a 14%.
 
Esta ficha temática diz respeito a Portugal continental, Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e é atualizada anualmente.
 
Objetivos: 
  • Garantir o cumprimento dos objetivos nacionais e comunitários em termos de qualidade do ar, para evitar, prevenir ou limitar os efeitos nocivos dos poluentes atmosféricos na saúde humana e no ambiente;
  • Comunicar ao público de forma eficiente as ultrapassagens aos limiares de ozono;
  • Divulgar o sistema, já implementado, de previsão dos níveis de ozono, de forma a contribuir para a prevenção da exposição da população a esse poluente (previsão disponível no sistema de informação QualAr);
  • Garantir a observância dos valores legislados (Decreto-Lei n.º 102/2010, na sua atual redação).
Análise da evolução:

O ano de 2021 foi ainda um ano atípico em resultado do impacte da pandemia por COVID-19 e das medidas de confinamento adotadas, com implicações no normal funcionamento da economia e na consequente melhoria generalizada da qualidade do ar. Sendo o ozono um poluente secundário, cuja formação ocorre sobretudo durante o período de verão, associada a condições de grande estabilidade atmosférica e radiação solar que favorecem a probabilidade dos seus precursores reagirem entre si, leva a que a sua formação possa ocorrer a grandes distâncias das fontes emissoras e seja influenciada de forma significativa pelas condições meteorológicas.

Última atualização: 
Terça, 16 Maio, 2023