Seca

A ficha temática “Seca” avalia a ocorrência de eventuais períodos de redução da disponibilidade de água, considerando diferentes definições de seca: meteorológica, agrícola, agrometeorológica e hidrológica.

Animação: 
Descrição: 
A seca é uma redução temporária da disponibilidade de água, devida a precipitação insuficiente, sendo uma catástrofe natural com propriedades bastante específicas. De uma maneira geral é entendida como uma condição física transitória, associada a períodos mais ou menos longos de reduzida precipitação, com repercussões negativas nos ecossistemas e nas atividades socioeconómicas.
 
A duração de uma precipitação anormalmente reduzida, bem como a amplitude dos seus desvios da normal climatológica, determinam a intensidade de uma seca e a extensão dos seus efeitos a nível das reservas hidrológicas, das atividades económicas em geral (incluindo a agricultura), do ambiente e dos ecossistemas.
 
Em geral, distingue-se entre seca meteorológica, seca agrícola e seca hidrológica, não dissociadas dos impactes socioeconómicos e ambientais que dela advêm:
 
  • Seca meteorológica – Associada à não ocorrência de precipitação, define-se como a medida do desvio da precipitação em relação ao valor normal (média 1971-2000) e caracteriza-se pela falta de água induzida pelo desequilíbrio entre a precipitação e a evaporação, a qual depende de outros elementos como a velocidade do vento, temperatura, humidade do ar e insolação. A definição de seca meteorológica deve ser considerada como dependente da região, uma vez que as condições atmosféricas que resultam em deficiências de precipitação podem ser muito diferentes de região para região.
  • Seca agrícola – Associada à falta de água causada pelo desequilíbrio entre a água disponível no solo, a necessidade das culturas e a transpiração das plantas. Este tipo de seca está relacionado com as características das culturas, da vegetação natural, ou seja, dos sistemas agrícolas em geral.
  • Seca agrometeorológica – Conjugação dos conceitos de Seca Meteorológica e de Seca Agrícola, uma vez que existe uma relação de causa-efeito entre elas. Desta forma, a falta de água induzida pelo desequilíbrio entre a precipitação e a evaporação irá ter consequências diretas na disponibilidade de água no solo e, consequentemente, na produtividade das culturas.
  • Seca hidrológica – Associada ao estado de armazenamento das albufeiras, lagoas, aquíferos e das linhas de água em geral. A seca hidrológica está, assim, relacionada com a redução dos níveis médios de água superficiais e subterrâneas e com a depleção de água no solo. Este tipo de seca está normalmente desfasado da seca meteorológica, dado que é necessário um período de tempo maior para que as deficiências na precipitação se manifestem nos diversos componentes do sistema hidrológico.
 
É importante distinguir o conceito de seca do conceito de escassez de água. Escassez de água é a carência de recursos hídricos disponíveis face ao que seriam os suficientes para atender às necessidades de uso da água numa região. A escassez de água pode ser um resultado de dois mecanismos: físico ou económico. O primeiro é resultado da inexistência de recursos hídricos naturais suficientes para atender à procura de uma região. Escassez económica é o resultado de uma ineficiente gestão dos recursos hídricos disponíveis como, por exemplo, a existência de valores elevados de perdas em redes de distribuição, seja no regadio ou em abastecimento público para consumo humano, e o caso de países ou regiões onde naturalmente existe água suficiente para satisfazer os diferentes usos, mas não existem os meios para fornecê-la de uma maneira acessível.
 
Os impactes socioeconómicos e ambientais da seca estão associados ao efeito conjunto dos impactes naturais e sociais que resultam em falta de água, devido ao desequilíbrio entre a procura e a oferta dos recursos de água. De uma forma mais específica, é o desequilíbrio entre a precipitação natural, o sistema climático e as atividades humanas socioeconómicas. A seca socioeconómica ocorre quando o decréscimo de disponibilidade de água é de tal ordem acentuado que tem consequências negativas nas pessoas e nas atividades económicas, ou seja, na sociedade em geral.
 
Na gestão de um sistema de prevenção, monitorização e coordenação de situações de seca, deverão ser utilizadas metodologias diferentes consoante o tipo de seca em causa.
 
Devem adotar-se como variáveis instrumentais:
  • No caso de Seca agrometeorológica, a precipitação, a temperatura, as condições de humidade no solo, o Estado das Culturas e Previsão das Colheitas, o Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA), e a Rede de Informação de Contabilidades Agrícolas (RICA).
  • Na Seca hidrológica, os escoamentos nos cursos de água, os volumes armazenados em reservas superficiais (albufeiras com capacidade de armazenamento de água, sem portanto, incluir aproveitamentos a fio d’água, albufeiras com uso privado ou albufeiras com capacidades de regularização diminutas), e os níveis piezométricos de sistemas aquíferos, apoiado pelo Programa de Vigilância e Alerta de Secas (PVAS).
 
Em Portugal, a monitorização da seca meteorológica é realizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), através do índice Palmer ou PDSI (Palmer Drought Severity Index) e do índice SPI (Standardized Precipitation Index). 
 
O índice PDSI baseia-se no conceito do balanço da água, tendo em conta dados de quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível. A aplicação deste índice permite detetar a ocorrência de períodos de seca e classifica-os em termos de intensidade (fraca, moderada, severa e extrema).
 
O índice SPI quantifica o défice ou o excesso de precipitação em diferentes escalas temporais, que refletem o impacte da seca nas disponibilidades de água. As menores escalas, até 6 meses, remetem à seca meteorológica e agrícola (défice de precipitação e de humidade no solo, respetivamente), e entre 9 e 12 meses à seca hidrológica, com escassez de água refletida no escoamento superficial e nas albufeiras.
 
 
PDSI Classes de seca SPI
4.00 ou superior chuva extrema 2.00 ou superior
3.00 a 3.99 chuva severa 1.50 a 1.99
2.00 a 2.99 chuva moderada 1.00 a 1.49
0.50 a 1.99 chuva fraca 0.99 a 0.50
0.49 a -0.49 normal 0.49 a -0.49
-0.50 a -1.99 seca fraca -0.50 a -0.99
-2.00 a -2.99 seca moderada - 1.00 a -1.49
-3.00 a -3.99 seca severa - 1.50 a -1.99
-4.00 ou inferior seca extrema - 2.00 ou inferior

Os níveis de alerta para a seca agrometeorológica correspondem às seguintes descrições dos índices PDSI e SPI:

  • Nível A.1 – “Pré-Alerta”: PDSI 2 meses consecutivos em seca moderada e SPI fraca a moderada;
  • Nível A.2 – “Alerta”: PDSI 2 meses consecutivos em seca severa e SPI moderada a severa;
  • Nível A.3 – “Emergência”: PDSI em seca extrema e SPI severa a extrema.
 
A seca hidrológica é avaliada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) através da monitorização das massas de água. A evolução mensal dos níveis de armazenamento das albufeiras, da precipitação e do escoamento e a sua comparação com as séries históricas permite aferir se existe seca hidrológica. Por outro lado, face às diferenças hidrológicas significativas existentes em Portugal, a identificação de seca hidrológica numa determinada região não significa que esta seca exista em todo o território nacional, ou que a sua severidade seja de igual magnitude. 
 
Esta análise dos dados é feita automaticamente pela APA, com base nos dados das redes hidrometeorológicas do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), aquando da elaboração dos boletins mensais. Esta monitorização constitui o primeiro elemento de medida do controlo das disponibilidades hídricas existentes, servindo para avaliar a eficácia das medidas de planeamento e da eficiência das medidas de gestão, e constituindo, também, um meio de disponibilização direta da informação recolhida às entidades interessadas.
 
Os níveis de seca hidrológica propostos no Plano de Prevenção e Mitigação dos Efeitos da Seca foram definidos tendo por base as séries de dados de volumes armazenados por bacia hidrográfica, considerando o período entre 1992/93 e 2019/20. Contudo, as atuais condições das reservas hídricas superficiais não são as mesmas:
 
  • Na última década tem-se observado um aumento da frequência de períodos de seca e uma ausência de anos húmidos;
  • Os padrões de precipitação têm vindo a alterar-se de forma significativa; 
  • Os usos associados às barragens monitorizadas no Boletim de Albufeiras têm vindo a alterar-se;
  • A avaliação dos volumes disponíveis tem que integrar novas barragens, como Baixo Sabor, Ribeiradio, entre outras. 
 
Neste contexto, importa proceder à atualização dos níveis de alerta definidos para cada bacia hidrográfica monitorizada, tendo por base um conjunto de índices, de registos históricos de secas e dos seus impactes nos diversos setores, com particular incidência nos últimos 20 anos, nas secas de 2004/05, 2011/12 e 2016/17. 
 
Importa ter presente que reconhecer uma seca emergente, ou saber se a seca terminou, implica perceber o que é normal para um determinado local ou estação do ano e considerando períodos de tempo o mais longos possível. A compilação de dados sobre os impactes nos diversos setores assume enorme relevância na avaliação da situação de seca. 
 
A análise dos períodos de seca hidrológica por bacia hidrográfica começou pela aplicação de um índice que permite avaliar o volume de água disponível nas albufeiras, Drought State Index for Reservoirs (DSIR). Este índice aplicado às séries de volume armazenado mensal, por bacia hidrográfica, permite avaliar em cada mês o nível de seca, quando comparado com a série total.
 
Procedeu-se, ainda, ao cálculo dos percentis 5 até 75, para a série histórica de cada mês do ano hidrológico, considerando períodos de tempo o mais longos possíveis. No caso das bacias hidrográficas do Guadiana e do Arade foi considerado um período de análise mais curto, tendo em conta a entrada em funcionamento das barragens de Alqueva e Odelouca, respetivamente. A bacia hidrográfica das Ribeiras do Algarve Sotavento, que tem ligação ao sistema Odeleite-Beliche, foi avaliada tendo em conta os volumes deste sistema. A bacia hidrográfica do Vouga não tem ainda associados níveis de alerta por ter uma série de dados que ainda não é estatisticamente representativa, pelo que é apenas avaliada relativamente à média. 
 
A informação estatística foi correlacionada com os impactes das secas nas últimas duas décadas, o que conduziu às classes de seca hidrológica constantes da tabela seguinte.
 
 
Classes de seca hidrológica
 

Nível de seca hidrológica

Percentis (P)

Potenciais Impactes

Normal

P50 < P ≤ P75

Situação normal correspondente a um ano médio

Seca fraca

P25 < P ≤ P50

Possível início de seca – Seca de curto prazo com possível impacte no cultivo e no crescimento de culturas ou pastagens.

Possível fim da seca: Pastagens ou culturas não totalmente recuperadas, mas ainda com défice de água.

Seca moderada

P10 < P ≤ P P25

Alguns impactes nas culturas, pastagens, diminuição dos caudais nos rios, nos volumes armazenado nas albufeiras, diminuição das reservas subterrâneas. Seca em desenvolvimento.

Seca severa

P5 < P ≤ P10

Perdas em culturas ou pastagens.

Escassez de água.

Restrições aos usos.

Seca extrema

P ≤ P5

Grandes perdas em culturas/pastagens.

Escassez ou restrições generalizadas de água.

 
 
A metodologia descrita é aplicada a cada mês do ano permitindo desta forma definir níveis de alerta mensais. Assim, é possível monitorizar o estado das reservas hídricas superficiais, por bacia hidrográfica, antecipar possíveis situações de seca e implementar medidas de prevenção de seca. 
 
 

Bacia hidrográfica do Lima

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Bacia hidrográfica do Cávado

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Bacia hidrográfica do Ave

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Bacia hidrográfica do Douro

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Bacia hidrográfica do Mondego

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Bacia hidrográfica do Tejo

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Bacia hidrográfica das Ribeiras do Oeste

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Bacia hidrográfica do Sado

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Bacia hidrográfica do Guadiana

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Bacia hidrográfica do Mira

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Bacia hidrográfica das Ribeiras do Algarve (Barlavento)

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65%

P75

71%

71%

82%

94%

98%

98%

97%

93%

89%

83%

76%

72%

 

Bacia hidrográfica das Ribeiras do Algarve (Sotavento)

Percentil

out

nov

dez

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

P5

31%

39%

44%

45%

45%

45%

46%

46%

43%

39%

34%

30%

P10

36%

45%

48%

49%

48%

47%

48%

51%

49%

46%

43%

40%

P25

47%

51%

63%

64%

67%

71%

69%

65%

61%

56%

50%

49%

P50

66%

69%

72%

75%

78%

82%

82%

83%

79%

75%

71%

69%

P75

76%

75%

77%

78%

87%

90%

90%

92%

88%

83%

78%

74%

 
As disponibilidades hídricas subterrâneas desempenham um papel particularmente importante nos períodos de seca devido à capacidade de regularização interanual dos sistemas aquíferos, tornando-os resilientes, uma vez que continuam a suprir necessidades de água de vários setores de atividade. Contudo, caso a diminuta precipitação se prolongue durante mais tempo, as reservas subterrâneas diminuem, uma vez que não há reposição da água subterrânea através da recarga. 
 
Em função das disponibilidades hídricas subterrâneas, monitorizadas em quatro momentos de cada ano hidrológico – outubro, janeiro, abril e julho –, é averiguada da pertinência de se adotarem medidas em termos de gestão de águas subterrâneas. Assim, atendendo às disponibilidades hídricas nos quatro momentos referidos, identificam-se as massas de água em situação crítica e as massas de água em situação de vigilância. As situações críticas dizem respeito a massas de água onde persistem, ao longo do corrente ano hidrológico, níveis inferiores ao percentil 20, pelo que urge a aplicação de medidas preconizadas no âmbito da seca. As situações sob vigilância referem-se a massas de água onde se observam descidas significativas do nível de água subterrânea, pelo que merecem especial atenção.
 
Mais informação sobre as disponibilidades hídricas superficiais e subterrâneas pode ser encontrada na ficha temática disponibilidades de águas superficiais e subterrâneas.  
 
Esta ficha temática diz respeito a Portugal continental e é atualizada anualmente.
Objetivos: 

Dispor de um Sistema de Previsão e Gestão da Seca que permita, com a colaboração das entidades envolvidas, fazer face atempadamente aos potenciais impactes da seca, através da implementação das medidas afetas a cada nível de alerta.

Análise da evolução:

A aplicação do índice PDSI permite detetar a ocorrência de períodos de seca meteorológica e classifica-os em termos de intensidade. 

Última atualização: 
Terça, 23 Maio, 2023