Riscos Ambientais

O território nacional é periodicamente fustigado por incêndios rurais que, para além das enormes perdas económicas que acarretam, também contribuem para a perda de biodiversidade e degradação dos ecossistemas. Estas ocorrências são geralmente tanto mais intensas, quanto mais acentuada for a situação de seca meteorológica e hídrica sentida no país.

Por contraste, devido à sua situação geográfica, degradação dos solos decorrente dos incêndios e aumento da ocorrência de eventos climáticos extremos, Portugal sofre, também periodicamente, cheias e inundações que contribuem para a erosão costeira, constituindo um risco para a população, bens e atividades económicas relacionadas com o mar e o litoral. A erosão hídrica, que afeta os solos, implica ainda perda de terreno produtivo, nutrientes e matéria orgânica.

Por outro lado, a proteção da saúde humana, dos ecossistemas e da agricultura exige particular atenção aos riscos relacionados o recurso à biotecnologia, em particular dos produtos que resultam da modificação genética de seres vivos. Assim, a libertação no ambiente de organismos geneticamente modificados (OGM) e a comercialização de produtos que contenham ou sejam constituídos por OGM são monitorizadas por instrumentos de regulação que proporcionam uma avaliação rigorosa dos riscos envolvidos.

Também a eventual libertação na Natureza de produtos químicos compostos por substâncias de elevada preocupação, tais como as carcinogénicas, mutagénicas ou tóxicas para a reprodução, pode ter um impacte muito negativo na saúde humana e no ambiente, pelo que a sua produção, colocação no mercado e utilização são devidamente regulamentadas.

Da mesma forma, a utilização de fontes radioativas, seja nos setores da indústria, da saúde ou na investigação, e a utilização de reatores nucleares, rege-se por uma elevada exigência de segurança e elevados padrões de proteção da população e do ambiente. Por esse motivo, Portugal tem uma rede de vigilância em contínuo da radioatividade do ambiente.

Fichas temáticas

  • Incêndios rurais

    A ficha temática “Incêndios rurais” contabiliza o número de incêndios em Portugal continental e a área ardida total, bem como a área ardida em áreas protegidas, e identifica as suas principais causas. 

  • Risco associado às zonas inundáveis

    A ficha temática “Risco associado às zonas inundáveis” identifica as regiões onde o risco de inundação é mais elevado, bem como as medidas tomadas ou a tomar para diminuir a sua ocorrência e as suas consequências para a saúde humana, ambiente, património e atividades económicas.

  • Linha de costa em situação de erosão

    A ficha temática “Linha de costa em situação de erosão” avalia a extensão de linha de costa em litoral baixo e arenoso sujeita a erosão/recuo.

  • Seca

    A ficha temática “Seca” avalia a ocorrência de eventuais períodos de redução da disponibilidade de água, considerando diferentes definições de seca: meteorológica, agrícola, agrometeorológica e hidrológica.

  • Substâncias e produtos químicos

    A ficha temática “Substâncias e produtos químicos” fornece informação sobre as substâncias disponibilizadas no mercado europeu, à luz dos processos associados à implementação do Regulamento relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição de substâncias químicas (REACH). Esta ficha regista também o número de produtos químicos exportados e importados de e para Portugal no âmbito do Regulamento relativo ao Procedimento de Prévia Informação e Consentimento (PIC).

  • Organismos geneticamente modificados

    A ficha temática “Organismos geneticamente modificados” (OGM) quantifica a libertação deliberada de OGM no ambiente e a colocação no mercado de produtos que contenham ou sejam constituídos por OGM.

  • Controlo radiológico do ambiente

    A ficha temática “Controlo radiológico do ambiente” monitoriza as taxas de dose de radiação ambiente e as concentrações de radionuclídeos artificiais e naturais em compartimentos ambientais (atmosférico, aquático e terrestre), considerando as vias diretas e indiretas de exposição e contaminação do Homem, de modo a assegurar o acompanhamento da exposição efetiva da população portuguesa à radioatividade.